Sem nome, nº 13

Suam as mãos, soa o coração
Ritmo incandescente do futuro.
O tempo vive em eterna retração
Faltam segundos, sobram muros.

Sua o coração, soam as mãos
A continência é só um sussurro.
Roubam-me até minha contradição
O mel disfarça qualquer murro.

Gangrena, febre e vil podridão!
As sinapses de um cérebro infiel
Tesas glândulas 'inda denunciarão.

Sorrisos e promessas de papel
Que sobra para o povo, então?
Jogam-se os amanhãs ao léu!

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