R.I.P. Nogueira.

Estou aqui prestando minhas condolências à família de um dos maiores jornalistas esportivos que o Brasil já conheceu, Armando Nogueira. Ele faleceu nesta segunda feira, vítima de um câncer no cérebro, e foi velado no Maracanã. Amanhã, terça-feira, será enterrado no Rio de Janeiro.


Em homenagem ao tão talentoso jornalista e escritor, deixarei algumas frases do mestre aqui:



"Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."



"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"



"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"



"No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."





(Frases retiradas do site Globoesporte.com, imagem retirada de Globo.com)

Human ways

What would you say...
if confronted by disgrace?
Would you help others be safe,
or would you turn the other way?

Among the common sense
it's acceptably human
to abandon unknown men
at any given chance.

We're in a mental trance.
And there is no pleasant horizon
until we break through discrimination...

But a better time will come,
in spite of our tradition
that preaches our perdition.

Em busca de novas paragens

Rápidos rastros, realmente rasos
De reles roubos relegados ao acaso
Rasgam ruidosamente os sonhos
Na retórica dos relatos tristonhos

Ruge o leão, reinando o tempo que urge
Retrato da nobreza que se insurge
Roubando até as risadas do rouxinol
Que ruma ao redomoinho buscando o sol

Ah! Lá longe há de se encontrar
Novos campos, novas ocasiões
Para em nosso âmago regozijar

Não haverá lá mais ladrões
Mais pobres esfomeados ou mandriões
Há de ser nosso mais novo lar

Qualquer coisa aí.

Quero ouvir os pássaros de novo
Seus cantos precisam ecoar
As gralhas devem tomar o ar
Trazer de volta à vida, o povo.
No farfalhar que vem com o vento
vem o férreo aroma das folhas
que retira o ar das bolhas
tornando até o morto, atento

Existo em meio à desavença
A cada ideia, mais me venço
e a cada vitória, mais penso.
Torno-me réstias de esperança
num imenso mar de desespero.
Tudo o que do mundo espero
é que se viva livremente
que a paz reine eternamente.

Pluralidade.

Postam-se aqui as esperanças
Lúdicas, doces ou pretensas
Um emaranhado cheio de vidas
Restos de ilusões quebradas
Ante o fatal perigo frequente
Louvemos o pensamento constante
Ir, vir, sorrir, falar e cantar
Direitos que não se deve negar
Ainda que haja a tentação
Deve-se exaltar a aceitação
Em busca da total pacificação.


Aos meus sete leitores (sim, o número cresceu), um curto poema aí, que escrevi durante a aula de História Social e Pensamento Educacional na sexta passada.
Todos sabem que eu sou gordo e que não sou a favor dos padrões de beleza estabelecidos em nossa sociedade como forma de vida, mas li agora há pouco, no Globo.com, uma notícia que me deixou assustado. Nessa onda social de sempre vencer, de sempre querer ser o melhor em algo, não importando o custo, surge uma americana pra lá de estranha: Donna Simpson, de 42 anos e pesando 273 quilos.

Vejam só, Donna está numa luta pra entrar no Guinness Book como a mulher mais gorda do mundo. Já não lhe basta seu título de "maior mãe do mundo" (tinha 235 quilos quando deu à luz sua primeira filha, Jacqueline). "Adoraria pesar 453 kg", foi o que ela disse numa entrevista ao jornal Telegraph. Apesar disso, a dona aí ainda se considera uma pessoa saudável. Veio ela com a seguinte declaração: "Minha comida preferida é sushi. Consigo comer 70 pedaços de sushi de uma vez só". Alguém me explica onde que comer setenta pedaços de sushi numa sentada é saudável?

É só impressão, ou tem algo muito errado com o mundo? Algumas mulheres buscam a extrema magreza para serem aceitas na sociedade, para serem melhores que as outras. Esta mulher busca a gordura extrema para entrar no Guinness e se destacar, nem que de uma forma jocosa (na minha opinião). Essa lógica capitalista de vencer sempre está levando as pessoas à loucura. Estes modos de vida geram apenas angústia, ansiedade e vazio. E nestes casos estéticos, gera também problemas de saúde não relacionados ao cérebro.

Para quem quiser conferir a notícia e uma foto da Donna, eis o link: Globo.com

Descansem em paz, Glauco e Raoni.

 

R.I.P.

Estou escrevendo para prestar minhas condolências à família do cartunista Glauco e de seu filho, Raoni, assassinados em sua própria casa. O assassino, de acordo com a polícia, era conhecido da família e frequentava a mesma igreja que os dois.

Acho que está mais do que na hora de pararmos um minuto para refletir sobre nossa sociedade. Pessoas morrem por discussões, por futilidades. E não me refiro só ao Glauco, por ele ser famoso. Meu padrinho perdeu um filho de uma forma parecida... e quantas pessoas não perderam algum conhecido ou parente assim também?

Enfim, acho que devemos repensar seriamente na estrutura da sociedade em que vivemos. Devemos buscar meios de pacificar e civilizar nosso cotidiano. Quantas pessoas ainda precisam morrer para fazermos algo a respeito? Claro, é mais fácil ignorar o que acontece ao nosso redor, nos trancarmos em casa e continuar vivendo com uma falsa sensação de insegurança que mascara a verdadeira paranóia e o constante medo que nos cerca.

Chega de hipocrisia, minha gente, a coisa já está mais do que crítica.

Uma homenagem ao trabalho do Glauco:






Oh, África amada
Linda terra mátria
No passado fostes privada
dos que te tinham por pátria

Sofres com os tambores
constantes da violência
Em todos os dias morres
entregando a inocência

Manchada com o sangue,
com a dor e o ódio
A dita paz não extingue
o violento episódio.

O alvo homem busca
matar-te lentamente
Ri constante e jocosamente
enquanto teu brilho ofusca

A fome, a guerra e a doença
exploração sem licença
Frágeis tentativas de acabar
Com nosso eterno lar.

Estamos de volta!

Caros dois leitores, estive afastado um tempo por motivos técnicos. Deu pau na fiação do prédio e eu tô sem internet faz algum tempo já. Mas enfim, vamos falar de coisa (não tão) boas: volto com mais uma (não tão) adorável poesia que vocês tanto (des)gostam.


Breaking chains

No matter if you spread words of irony
There's no escape from this reality
We're bounded by the locks of destiny
Our fate may be nothing but agony

Five hundred years of exploitation and pain
Constant hatred bleeding through a million veins
The dawn is near and I'm afraid
that this injustice shall pass unpaind



Step up and take some responsibility
Remove these chains of oppresion from me
'cause my shoulders are tired of carryin' thee
Take off these shackles of slavery
'cause my feet are burnin' and I am weary!

You think you're a deity
In your fancy shrine of shame
But this faith has no place in eternity
And you are the only one to blame

No matter what you choose
that's all it's gonna be
You can either fight it
or take it for free
But there might be no other way
Not fot you, not for me

God eats god
And every god has it's day...
To fade away.

Blogger Templates by Blog Forum