Desaparecimento

Pedaço por pedaço, cedo desapareço
Como fumaça e gritos em meio a prantos
Toca-me o fado da existência ao avesso
Essa doce magia que perdeu seu encanto

Sobra a névoa de mais espesso porte
Sobra aquela velha dor que nunca perdoa
E se os versos entristecem vossa sorte
É porque há anos eles têm vivido à toa

Os antigos sábios já não sobem aos céus
Suas suaves silhuetas e sons são absorvidos
E ressonam na sinfonia dos solitários mausoléus

Que silvam mil sussurros suspeitosos
Que sulcam-nos sonhos sombrios e sórdidos
E sugam o suado sangue dos silenciosos

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