Desaparecimento
quinta-feira, 9 de agosto de 2012 by Ismael
Pedaço por pedaço, cedo desapareço
Como fumaça e gritos em meio a prantos
Toca-me o fado da existência ao avesso
Essa doce magia que perdeu seu encanto
Sobra a névoa de mais espesso porte
Sobra aquela velha dor que nunca perdoa
E se os versos entristecem vossa sorte
É porque há anos eles têm vivido à toa
Os antigos sábios já não sobem aos céus
Suas suaves silhuetas e sons são absorvidos
E ressonam na sinfonia dos solitários mausoléus
Que silvam mil sussurros suspeitosos
Que sulcam-nos sonhos sombrios e sórdidos
E sugam o suado sangue dos silenciosos