Lovely Bones, 25. Viciada em Goiaba e Queijo.

Esses dias eu estava ouvindo umas músicas do Cazuza onde ele diz “Para mim um vicio só não basta”.

E parei para pensar – coisa que ando fazendo muito ultimamente – em que sentido isso tem. E realmente, acho que nenhum de nós consegue manter apenas um vício. Seja qual for. Então eu andei pondo meus vícios em “cheque” para testá-los e talvez, até descobri-los melhor. Também encontrei um texto em um blog que me interessou bastante, porque me identifiquei com o vício alheio.

Alguns são um tanto nocivos – como minha tendência a me desapegar de algumas coisas de maneira fácil e de outras... Bom nem tanto – o que me leva a um estado de pseudo-depressão. Não daquele jeito molenga e entristecido, mas daquele jeito meio nervoso e revoltado com tudo à volta. Porque em dado momento, simplesmente me canso de uma coisa ao qual, dois minutos atrás eu adorava, uma eterna busca por algo que me faça saciar. E com toda essa rotina traçada ponto à ponto de faculdade/trabalho – trabalho/faculdade e com as doses do meu outro vício – dopamina – tendo sido diminuídas até serem cessadas completamente, acho que entrei um tanto em colapso.

O problema do vício é que você sempre tem que buscar mais um pouco. Mais uma dose, mais um pedaço. É andar em círculos. E eles também sempre te levam a um fornecedor, aquele na maioria das vezes, em que você deposita alguma confiança. Mas bom, um dia a casa caí.

Depois de dar uma fuçada nos meus vícios e ordená-los, vi o quanto às vezes, eles me travam ou me empurram para frente, e que fazem parte de mim em um todo.

Aquela depressão chata, que ataca nas horas em que a rotina começa a sufocar tem seu lado positivo, ela me força a dar uma pausa e olhar para dentro e procurar o que está errado. É como uma falha geral no sistema que funciona bem – até então – e daí te faz ir buscar o que causou o erro, fazer uma analise, procurar melhorar o que está ruim. E aí, da-se um passo à frente. Por mais que volte depois – e volta, por outro motivo – é um alarme que dispara, como uma dor física que te diz que algo está errado e precisa ser consertado. Com a devida atenção, é um vício que te faz evoluir.

E tem os vícios mais fáceis. Goiaba, queijo. Livros, cinema. Conversa, escrever. Gatos.

E parando para pensar, o pior dos meus vícios é a dopamina.
Usei em doses altas, por um período mais longo do que o recomendável. Mas de repente, meu fornecedor sumiu.

Então, você se torna um tanto zumbi. Procurando aqui e ali um lugar para suprir aquela falta. Mas nada é tão bom quanto o produto daquele fornecedor – ou você acha não ser – procura então se prender a outros vícios – principalmente a depressão – para suprir alguma coisa. E se encontra numa confusão de pensamentos descontentes e uma busca desenfreada, que geralmente não leva a lugar nenhum.

Uma hora passa. Sempre passa. Mas no fundo, você sabe. Ainda está lá e a qualquer momento, você vai ter uma recaída. O primeiro passo é admitir enfim.

Por agora, estou aprendendo a controlar e conviver com meus vícios – e suas consequências –, mas no fundo, eu espero sinceramente, que meu fornecedor retorne. Ou que ao menos, encontre outro vício para por no lugar.

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2 comentários:

    E então a Lilica Ripilica voltou! o/ ;*

     

    I'm fucking back ò_ó

     

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