The white man's foul exploitation

These are the words you can't ignore
Oil, slave, hooker, diamond, golden ore
They're causes of this malicious war
The conflict that the white man adores

We swept african land from freedom
Bitter hearts locked in ship's prisons
Sourful men sold for the plantations
We generated nowadays social execration

- like in the old apartheid
none can walk side by side -

Haven't the world suffered much
in those shadowy days of impunity?
Do we still want it in our clutch
to rule the others so pretensely?
 

Don't got a lot of time
Don't give a damn
Don't tell me what to do
I am the man
If there's a god up there
Something above
God shine your light down here
Shine on the love
Love of the loveless

Don't have too many friends
Never felt at home
Always been my own man
Pretty much alone
I know how to get through
And when push comes to shove
I got something that you need
I got the love
Love of the loveless

All around you people walking
Empty hearts and voices talking
Looking for and finding
Nothing

Don't got a lot of time
Don't really care
Not selling anything
Buyer beware
If there's a god up there
Something above
God shine your light down here
Shine on the love
Love of the loveless

Don't got a lot of time
Don't give a damn
Don't tell me what to do
I am the man
Love of the loveless

Lovely Bones, 25. Viciada em Goiaba e Queijo.

Esses dias eu estava ouvindo umas músicas do Cazuza onde ele diz “Para mim um vicio só não basta”.

E parei para pensar – coisa que ando fazendo muito ultimamente – em que sentido isso tem. E realmente, acho que nenhum de nós consegue manter apenas um vício. Seja qual for. Então eu andei pondo meus vícios em “cheque” para testá-los e talvez, até descobri-los melhor. Também encontrei um texto em um blog que me interessou bastante, porque me identifiquei com o vício alheio.

Alguns são um tanto nocivos – como minha tendência a me desapegar de algumas coisas de maneira fácil e de outras... Bom nem tanto – o que me leva a um estado de pseudo-depressão. Não daquele jeito molenga e entristecido, mas daquele jeito meio nervoso e revoltado com tudo à volta. Porque em dado momento, simplesmente me canso de uma coisa ao qual, dois minutos atrás eu adorava, uma eterna busca por algo que me faça saciar. E com toda essa rotina traçada ponto à ponto de faculdade/trabalho – trabalho/faculdade e com as doses do meu outro vício – dopamina – tendo sido diminuídas até serem cessadas completamente, acho que entrei um tanto em colapso.

O problema do vício é que você sempre tem que buscar mais um pouco. Mais uma dose, mais um pedaço. É andar em círculos. E eles também sempre te levam a um fornecedor, aquele na maioria das vezes, em que você deposita alguma confiança. Mas bom, um dia a casa caí.

Depois de dar uma fuçada nos meus vícios e ordená-los, vi o quanto às vezes, eles me travam ou me empurram para frente, e que fazem parte de mim em um todo.

Aquela depressão chata, que ataca nas horas em que a rotina começa a sufocar tem seu lado positivo, ela me força a dar uma pausa e olhar para dentro e procurar o que está errado. É como uma falha geral no sistema que funciona bem – até então – e daí te faz ir buscar o que causou o erro, fazer uma analise, procurar melhorar o que está ruim. E aí, da-se um passo à frente. Por mais que volte depois – e volta, por outro motivo – é um alarme que dispara, como uma dor física que te diz que algo está errado e precisa ser consertado. Com a devida atenção, é um vício que te faz evoluir.

E tem os vícios mais fáceis. Goiaba, queijo. Livros, cinema. Conversa, escrever. Gatos.

E parando para pensar, o pior dos meus vícios é a dopamina.
Usei em doses altas, por um período mais longo do que o recomendável. Mas de repente, meu fornecedor sumiu.

Então, você se torna um tanto zumbi. Procurando aqui e ali um lugar para suprir aquela falta. Mas nada é tão bom quanto o produto daquele fornecedor – ou você acha não ser – procura então se prender a outros vícios – principalmente a depressão – para suprir alguma coisa. E se encontra numa confusão de pensamentos descontentes e uma busca desenfreada, que geralmente não leva a lugar nenhum.

Uma hora passa. Sempre passa. Mas no fundo, você sabe. Ainda está lá e a qualquer momento, você vai ter uma recaída. O primeiro passo é admitir enfim.

Por agora, estou aprendendo a controlar e conviver com meus vícios – e suas consequências –, mas no fundo, eu espero sinceramente, que meu fornecedor retorne. Ou que ao menos, encontre outro vício para por no lugar.

Links interessantes:



Devaneios

Planta-se (es)cravos modernos
Os loucos sonhos externos
Tomados pelos confrontos fraternos
Perpetuando os hiatos internos
Que aproximam todos os infernos
Um sinal de paz, sorrisos doces e ternos
Não relevados pelos conflitos eternos
Dos auspiciosos domínios paternos

Na calada da noite, os dramas
- todos dormem em suas camas -
Menos o senhor e as pobres mucamas
Antigas e cruéis tramas
do torto país que se autoproclama
agente que une, que amalgama
mas que de livre, não tem um só grama.

Uma história que se articula
e durante os séculos, acumula
os problemas excluídos das flâmulas
Devaneios da nação que se intitula
livre do racismo que nos macula.

R.I.P. Dio

Morreu hoje, aos 67 anos, Ronnie James Dio, após ter perdido a luta contra o câncer. Não há muito o que se dizer nessa hora, além do óbvio: todos nós que amamos o metal sentiremos a falta de um de seus grandes representantes. Minhas condolências à tua família, e que tu descanses em paz, Dio.



Tu sempre foste e sempre será o arco-íris no escuro.

Novidade!

It's not a sin of a bum
to be on the sight of a gun
Sadness is wide spread
you can find anyone dead

A bitter taste of abandon
fill our hearts with sorrow
In every city, total boredom
Oh, their minds are so narrow

The kids marching out
of robotization factories
Cities growing in oil clouds
ignoring life of the colectivities

Children are born dying
disappearing among the mist
I find my mind flying
looking for a necessary twist

Our life is at an edge of thorns
So maybe we should be reborn
to create new ways of earning
a clean and fair political learning

Uma pequena reflexão.

Salve, salve, galerinha do mal. Desta vez não vou atormentar vocês, meus caros leitores imaginários, com outra das minhas malfadadas poesias. Vou expor alguns devaneios meus acerca de um tema que muito me preocupa, e que, curiosamente, surgiu na aula de Teorias da História esta noite.

Seguinte: uma das minhas grandes críticas ao mundo acadêmico é o fato de ele ser hermético, ou seja, se encontra fechado para o mundo exterior. É como uma pérola presa dentro da concha. E este fato gera um grande afastamento entre a produção historiográfica recente e os livros didáticos. Jim Sharpe, citando David Cannadine, já expressava sua preocupação com isso na perspectiva britânica:

"grande parte desta nova versão profissional britânica foi completamente afastada da grande audiência legai, cuja satisfação de sua curiosidade sobre o passado nacional foi um dia a principal função da história. Um resultado paradoxal deste período de expansão sem precedentes foi que cada vez mais os historiadores acadêmicos estavam cada vez mais escrevendo uma histórica acadêmica que cada vez menos pessoas realmente liam" (CANNADINE apud SHARPE, 1992)

Isso nos leva a pensar outro problema: qual o valor da nossa produção acadêmica? Michel de Certeau vai dizer que o importante é o "reconhecimento pelos pares" (DE CERTEAU, 1982). Ora, o que isso significa? Que a produção histórica só é válida se for reconhecida por historiadores. Voltamos, novamente, à questão da hermeticidade do mundo acadêmico, que cada vez mais soa como um "clube fechado", cujos benefícios são disponíveis somente aos seus associados.

Claro que não tenho a intenção de dizer que métodos mais rígidos não sejam necessários para se abordar as fontes, para constituir a historicidade de uma obra. Mas é preciso notar que cada vez mais nós, (futuros e atuais) historiadores profissionais, nos afastamos do grande público, que tem a necessidade do acesso ao conhecimento que produzimos. Caso escrevamos apenas para nós mesmos, que valor tem nossos livros? Nenhum! O conhecimento precisa circular, precisa ser adquirido por todos para que possamos viver numa sociedade mais ativa, intelectual e politicamente.

Partindo desta análise desse cárcere no qual se encontra nossa produção historiográfica, quero chegar a um assunto ainda mais sério: nossa educação.

Bem sabemos que nossa educação pública, em nível de base, é deficiente. Poucos professores, estrutura insuficiente, má remuneração e todas essas coisas que tanto já foram faladas por muitas pessoas pelo Brasil afora. É por isso que não vou discorrer sobre isso. Quero falar sobre algumas estruturas sociais que influem na nossa educação.

Nosso sistema de ensino é tecnicista, apesar de que, de acordo com a LDB, seja necessária a formação de cidadãos. Nossas escolas tratam de "preparar" os alunos para o vestibular e para o mercado de trabalho, ignorando seu desenvolvimento pleno para o exercício da cidadania. Mas isto vai além de uma mera lei imposta de cima para baixo, indiferente aos interesses que ela buscou responder. Temos que notar que nós, enquanto sociedade, pressionamos nossas escolas para que formem nossos filhos, irmãos, sobrinhos e etc adequadamente para o vestibular e para o mercado de trabalho. Curiosamente, a mesma preocupação não se repete no que trata à formação política deles. Não nos importa que eles nada (ou quase nada) entendam de democracia, dos processos políticos que nos cercam a cada minuto de nossa vida.

Mas vejam bem, isso é comum na nossa sociedade. Há bastante tempo nos preocupamos muito com nossa (sobre)vivência imediata, sem buscar grandes reflexões sobre a melhoria das nossas condições de VIDA (entendendo aí, tudo o que nos cerca: nossa relação com o meio ambiente, nossa relação conosco, nossa relação com nossos vizinhos, etc). Salvo raras exceções (que, normalmente, se encontram enclausuradas dentro do mundo hermético da academia, produzindo dentro de gabinetes), não fazemos essa atividade crítica e reflexiva. Precisamos, pelo contrário, nos preocupar em conseguir a comida para o almoço, a cama para dormir. Por tanto, para que nossos filhos não passem pelas mesmas privações que nós, exigimos do sistema que eles sejam melhor formados, para que tenham melhores cargos que nós. Doce ilusão.

Aliás, por falar em sistema, o que é esse tal sistema? Uma instituição monstruosa, que nos oprime, que nos submete à sua vontade e que nos rege. Ok, mas... o que é esta instituição? Uma idéia meramente abstrata, que representa o poder vigente do Estado. E o que é o Estado? Outra idéia abstrata que representa um grupo identificado de, pasmem, PESSOAS. Sim, nós, pessoas, constituimos o Estado e, por tanto, o sistema. Por tanto, sempre que dizemos que "o sistema é podre" estamos culpando a nós mesmos pela podridão. Mas claro que logo se tratou de afastar essa idéia mais palpável de sistema do inconsciente coletivo. É muito mais fácil atribuir culpa a uma representação abstrata do que a nós mesmos. Outro dos vícios de nossa sociedade: sempre tirar o nosso da reta.

Espero que entendam que esse texto é uma reflexão pessoal, fruto da minha vivência, das minhas leituras e das minhas observações. Não tive a pretensão de dar um cunho acadêmico a este textículo, apesar das pequenas citações (apenas as achei pertinentes ao assunto). Espero que gostem (ou não), e que comentem.

Abraço, pessoas!

E dessa vez, dose dupla!

Estava revirando meu caderno aqui pra achar o trecho inicial da Roulette Lives, que eu tinha escrito ontem à noite durante a aula de Teorias da História, e acabei achando um poema em português que eu nem sequer lembrava que tinha produzido. Não acho meus escritos em português grandes coisas, como todos sabem, mas não custa continuar tentando... até porque ninguém lê isso aqui mesmo!

P.S.: um beijo no coração pra todos os sete leitores que eu tenho (ou tive)!




Despertar


No selvagem silêncio da cidade
Sonhos soam com sons soturnos
Sempre sondando sem suavidade
Solitários, sombrios e taciturnos
Sem alguma classe ou moralidade

Ao amanhecer do ruidoso dia
O urro das máquinas cortar o ar
A dor percorre a mente que dormia
Força à bruscamente acordar
Para a sublime vida que perdia

No espelho, olha-se apavorado
Não há mais nada de familiar
Que triste rosto tenso era aquele?
Que pobre diabo sujo se via nele?
Percebe-se, então, a gritar

Na voraz vontade de vencer
Perdeu-se algo importante
E no desejo de (re)conhecer
Pode-se encontrar em sonho distante
O ser que dentro de si está a viver.

Roulette Lives

Livin' like a crazy roulette
No danger I've ever met
Always high, goin for the top
Once it starts, I cannot stop

All the coins I will ever spot
Waiting for me at the final pot
Just another day, another night
Some other snack to bite

The lights are blinkin' all around
Oh my dear, am I alive?
I cannot hear not a single sound

I can't dance, I can't jive
Stuck inside the same routtine
Playin' high for the hive

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